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O departamento de recursos humanos promove a exploração da força de trabalho da empresa com a finalidade de aumentar a lucratividade. Nada mais medonho do que esta afirmação. Nenhuma empresa sustentável, com visão de longo prazo, pode sequer pensar desta forma, quanto mais agir nesta direção.
É certo que o lucro é um dos principais indicadores de toda empresa, afinal é preciso sobreviver no mercado, mas, exploração é um termo que remete a escravidão e ele não deve ser aplicado pelas empresas, muito menos pelo departamento de recursos humanos.
As pessoas são os grandes agentes de mudança, inovação e crescimento das organizações. A liderança está nas pessoas. O sentimento, somente nas pessoas. As decisões são exclusivamente humanas. Uma empresa pode existir sem recurso financeiro, tecnológico, operacional, mas, jamais sem recursos humanos.
O cuidado com as pessoas deve ser enorme. Não basta pagar salários e cobrar a entrega do produto ou serviço. “A gente não quer só comida”, já dizia a música dos Titãs. É preciso também diversão e arte. A pessoa é um ser muito complexo e dentro da empresa o RH é o gestor das pessoas. Cabe ao RH fazer a ponte entre os interesses dos colaboradores e dos acionistas.
Interesses muitas vezes conflitantes, por vezes divergentes, mas, que requer equilíbrio nas negociações a fim de harmonizar as relações trabalhistas, promover o bem-estar dos funcionários e a obtenção dos resultados objetivados pela companhia. A paz social na empresa é condição essencial para um bom ambiente de trabalho.
Portanto, a relação da empresa quanto aos seus colaboradores deve ser de profundo respeito e consideração, de forma recíproca deve ser a atitude dos funcionários em relação ao seu empregador. Não por formalidade e obrigação, mas, de forma sincera e comprometida.
Não estou aqui dizendo que a relação trabalhista é um mar de rosas e tudo é belo e maravilhoso. Não é isso, mas, voltando ao início deste breve texto, a empresa não deve ter uma postura de exploração da sua força de trabalho, mas, de respeito e consideração pelas pessoas, a fim de superar obstáculos e criar um ambiente de trabalho saudável.
Numa empresa em que é um bom lugar para trabalhar, ocorrem poucas rescisões, porque os profissionais não querem sair. Os bons profissionais de mercado querem entrar e fazer parte do time. O turnover é baixo e a imagem da empresa no mercado de trabalho é alta. Cria-se um círculo virtuoso, onde todos ganham, empresa e empregado.
Portanto, o termo não é explorar, mas, valorizar o talento que se têm em casa
